sexta-feira, 31 de outubro de 2014

5º Problema: Templocentrismo


Como Mataríamos Jesus Novamente 
5º Problema: Templocentrismo


Como dito na introdução imaginamos que o Senhor Jesus voltasse a terra encarnado como um indivíduo comum e pretendesse viver a vida de cristão evangélico nos dias atuais. Envolto neste pensamento, conjecturamos que mais uma vez ele seria assassinado pela liderança religiosa e seus religiosos. Tudo para defender seus entendimentos, suas teologias, suas conjecturas acerca do próprio Senhor Jesus, seus interesses pessoais, seus dia-a-dia, etc. Enfim, fariam de tudo, como fizeram os sacerdotes, os fariseus, os escribas e o povo para cumprir e defender a “Lei de Moises”; sendo que desta sorte, matariam Jesus “em nome de Jesus”.
O sexto problema suscitado foi acerca do Templo. O que o Senhor acha acerca de construção e existência de templo em seu nome?
 O Senhor Deus ordenou que Moises construísse um tabernáculo e ali alocasse coisas santas. Sendo o tabernáculo divido em três parte: Santo dos Santos, Lugar Santo e Átrio. No primeiro local, Santo dos Santos, estavam alocados o Propiciatório e a Arca do Concerto, que continha a vara de Aarão, as tábuas da Lei e o maná, o candelabro; no segundo, Lugar Santo, o Altar de Incenso, Mesa dos Pães e o Candelabro; e no Átrio o Altar de Bronze e a Pia de Bronze.
O Senhor Deus determinou a construção do tabernáculo dizendo: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êx. 25:8). Observe que o Senhor não habitaria no tabernáculo, porém no meio deles (plural), referindo-se ao povo de Israel.


1- Origem do 1º Templo:
Davi, após a construção de sua casa, quis fazer um templo para guardar a arca do conserto, não para moradia de Deus. Más o Senhor Deus lho impediu com as alegações que sucedem abaixo:
“E sucedeu que, estando o rei Davi em sua casa, e tendo o SENHOR lhe dado descanso de todos os seus inimigos em redor, disse o rei ao profeta Natã: Eis que eu moro em casa de cedro, e a arca de Deus mora dentro de cortinas. E disse Natã ao rei: Vai, e faze tudo quanto está no teu coração; porque o Senhor é contigo.
Porém sucedeu naquela mesma noite, que a palavra do Senhor veio a Natã, dizendo: Vai, e dize a meu servo Davi: Assim diz o Senhor: Edificar-me-ás tu uma casa para minha habitação? Porque em casa nenhuma habitei desde o dia em que fiz subir os filhos de Israel do Egito até ao dia de hoje; mas andei em tenda e em tabernáculo. E em todo o lugar em que andei com todos os filhos de Israel, falei porventura alguma palavra a alguma das tribos de Israel, a quem mandei apascentar o meu povo de Israel, dizendo: Por que não me edificais uma casa de cedro?
Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu te tomei da malhada, de detrás das ovelhas, para que fosses o soberano sobre o meu povo, sobre Israel. E fui contigo, por onde quer que foste, e destruí a teus inimigos diante de ti; e fiz grande o teu nome, como o nome dos grandes que há na terra. E prepararei lugar para o meu povo, para Israel, e o plantarei, para que habite no seu lugar, e não mais seja removido, e nunca mais os filhos da perversidade o aflijam, como dantes, E desde o dia em que mandei que houvesse juízes sobre o meu povo Israel; a ti, porém, te dei descanso de todos os teus inimigos; também o Senhor te faz saber que te fará casa. Quando teus dias forem completos, e vieres a dormir com teus pais, então farei levantar depois de ti um dentre a tua descendência, o qual sairá das tuas entranhas, e estabelecerei o seu reino, este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre. Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de filhos de homens. Mas a minha benignidade não se apartará dele; como a tirei de Saul, a quem tirei de diante de ti. Porém a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre” (2ª Samuel 7:1-16).
Neste contexto, observe que o Senhor Deus promete em profecia a Davi que de suas entranhas sairá um que edificará uma casa para o Senhor e o trono deste será para sempre. O Senhor estava falando acerca do Messias de Israel, Jesus, o Filho de Davi, e não de Salomão como pensou Davi. Observe que Deus fala “quando teus dias forem completos, e vieres dormir (morto) com teus pais. Pergunta: Salomão já havia nascido? Sim. Por isso Deus não falava de Salomão, más sim de Jesus, a quem o cego reconheceu ser o “filho de Davi” do qual Deus disse que “este edificará uma casa ao meu nome”.    
Também por que? Quem estabeleceu reino para sempre? Salomão ou o Senhor Jesus? Ora, Salomão morreu e não ressuscitou nem ascendeu aos Céus; o Senhor Jesus reina e reinará para todo sempre, cumprindo a profecia (Apocalipse 11:15; 5:13).

Agora olha o que o Davi falou ao povo:
Então Davi reuniu em Jerusalém todos os príncipes de Israel, os príncipes das tribos, e os capitães das turmas, que serviam o rei, e os capitães dos milhares, e os capitães das centenas, e os administradores de toda a fazenda e possessão do rei, e de seus filhos, como também os oficiais, os poderosos, e todo o homem valente. E pôs-se o rei Davi em pé, e disse: Ouvi-me, irmãos meus, e povo meu; em meu coração propus eu edificar uma casa de repouso para a arca da aliança do Senhor e para o estrado dos pés do nosso Deus, e eu tinha feito o preparo para a edificar. Porém Deus me disse: Não edificarás casa ao meu nome, porque és homem de guerra, e derramaste muito sangue. E o Senhor Deus de Israel escolheu-me de toda a casa de meu pai, para que eternamente fosse rei sobre Israel; porque a Judá escolheu por soberano, e a casa de meu pai na casa de Judá; e entre os filhos de meu pai se agradou de mim para me fazer reinar sobre todo o Israel. E, de todos os meus filhos (porque muitos filhos me deu o Senhor), escolheu ele o meu filho Salomão para se assentar no trono do reino do Senhor sobre Israel. E me disse: Teu filho Salomão, ele edificará a minha casa e os meus átrios; porque o escolhi para filho, e eu lhe serei por pai. E estabelecerei o seu reino para sempre, se perseverar em cumprir os meus mandamentos e os meus juízos, como até ao dia de hoje” (1 Crônicas 28:1-7).
Realmente, este texto esclarece e confirma que Davi entendeu mal o que dissera o Senhor Deus; o Senhor falava de seu unigênito filho Jesus e Davi fala de Salomão.
Assim, Davi não construiu e deixou tudo preparado para que seu filho Salomão o fizesse, e Salomão executou a obra de construção do templo. Salomão mesmo construindo o Templo tinha plena convicção que Deus ali não habitaria. Vejam o que Salomão diz em espírito antes de construir o Templo e também repete depois:
Porém, quem seria capaz de lhe edificar uma casa, visto que os céus e até os céus dos céus o não podem conter? E quem sou eu, que lhe edificasse casa, salvo para queimar incenso perante ele?” (II CRÔNICAS 2:6).

Depois, quando orava ao Senhor dentro do Templo:
“Agora também, ó Deus de Israel, cumpra-se a tua palavra que disseste a teu servo Davi, meu pai. Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado” (I REIS 8:26-27).

Continuando o texto bíblico acima, percebemos que Salomão ora para que o templo seja um lugar especial, não o único, no qual o povo pudesse praticar orações e súplicas, as quais seriam ouvidas no Céu, onde é lugar de habitação e trono de Deus.
Consubstanciando no trecho acima, observamos que o templo foi feito para alocação da Arca da Aliança, para todo cerimonial da Lei Mosaica em substituição ao Tabernáculo e para orações e suplicas. Tanto que os judeus se reuniam na Sinagogas para o ensino da Palavra de Deus.
O próprio Deus nunca adotou o Templo, tanto que não impôs mandamento para isso. Templo sempre foi de natureza pagã. Todas as nações pagãs tinham templos para alocar seus deuses de madeira e de pedra.
Israel, por seu turno, fez um templo para alocar a Arca da Aliança, simbolizando a presença de Deus. A ponte que o próprio Deus acabou com a arca, a qual desapareceu e nunca mais se teve notícia da mesma, cumprindo a profecia de Jeremias 3:16, “E sucederá que, quando vos multiplicardes e frutificardes na terra, naqueles dias, diz o SENHOR, nunca mais se dirá: A arca da aliança do SENHOR, nem lhes virá ao coração; nem dela se lembrarão, nem a visitarão; nem se fará outra”.
Então o templo nunca foi habitação de Deus. Deus não habita em templo feito por mãos humanas. Vejam os textos abaixo:
ASSIM diz o Senhor: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? Porque a minha mão fez todas estas coisas, e assim todas elas foram feitas, diz o SENHOR; mas para esse olharei, para o pobre e abatido de espírito, e que treme da minha palavra” (Isaias 66:1-2). Repetido no discurso de Estevão em Atos 7:47-50.

O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas” Atos 7:24-25).

Os homens perverteram a verdade em mentira para disso se aproveitar. Pois todo dinheiro e vantagem dos falsos profetas giram em torno do Templo (ou como dizem “Casa de Deus”).
O Templo foi destruído pelos Babilônicos quando da invasão de Jerusalém. Deus deixaria alguém destruir a sua casa?

Com o retorno do povo de Israel, saindo do cativeiro babilônico, para Jerusalém, o Templo foi reconstruído, sendo Zorobabel, sacerdote, um dos precursores (Esdras capitulo 3). E depois de muitas dificuldades e embaraços, o templo foi novamente erigido. Entretanto, o templo ficou muito inferior ao original. De forma que conta a tradição judaica que os anciãos que conheceram o templo original choraram de tristeza e desapontamento. De forma que Deus levantou o profeta Ageu e disse: “Quem há entre vós que tendo ficado, viu esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é esta como nada diante dos vossos olhos, comparada com aquela?” (Ageu 2:3). E continua: “... A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o SENHOR dos Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos”. Embora este templo fosse bem mais simples que o opulento Templo de Salomão, o Senhor disse que a sua glória deste seria maior, referindo-se a Jesus (o desejado das nações), pois este pisaria naquela casa. Ou seja, o máximo que eles teriam da presença de Deus no Templo, seria a presença de Jesus naquele lugar.
Posteriormente este templo de Zorobabel fora reformado por Herodes e ficou bonito, embora ainda bem aquém da construção de Salomão. E quando os discípulos mostraram a grandiosidade do templo de Herodes (o templo de zorobabel reformado), o Salvador disse: “Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada” (Mt. 24:2); profecia que se cumpriu quando Roma invadiu Jerusalém por volta dos anos 70 da Era Cristã, e não mais foi re-erguido. Hoje só existe uma parede, a qual é conhecida como o muro das lamentações, onde os Judeus comparecem ali comparecem para orar e deixarem suas suplicas por escrito.
Visto tudo isto, entendemos que até os Judeus ortodoxos compreenderam que Deus não quer templos feitos por mãos humanas. E nunca mais o re-ergueram.

2- Surgimento do Templo na Era Cristã:
Entretanto, com o advento da conversão do imperador romano Constantino ao que denominam Cristianismo, foram os lideres cristãos (discípulos do Messias) chamados à oficialização deste tal Cristianismo. Nesta ocasião, no ano 325 da era cristã, houve a chamada sistematização das doutrinas pregadas e vividas pelos discípulos, assim como a liberdade do exercício da fé cristã em templos, no Concílio de Niceia.
Cremos em um só Deus, Pai todo poderoso, Criador de todas as coisas, visíveis e invisíveis; E em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho de Deus, gerado do Pai, unigênito, isto é, da substância do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro, gerado, não criado, consubstancial do Pai, por quem todas as coisas foram feitas no céu e na terra, o qual por causa de nós homens e por causa de nossa salvação desceu, se encarnou e se fez homem, padeceu e ressuscitou ao terceiro dia, subiu aos céus e virá para julgar os vivos e os mortos; E no Espírito Santo. Mas quantos àqueles que dizem: 'existiu quando não era' e 'antes que nascesse não era' e 'foi feito do nada', ou àqueles que afirmam que o Filho de Deus é uma hipóstase ou substância diferente, ou foi criado, ou é sujeito à alteração e mudança, a estes a Igreja anatematiza.
Credo de Niceia

Após a conversão de Constantino e a sistematização da doutrina, igreja passou a crescer e expandir-se através da evangelização, dos incentivos e da força. De forma que houve perseguição aos pagãos. E, com isso, a igreja do Senhor, ou seja, o conjunto dos discípulos que criam em Jesus, não possuía templos, passaram a construir e adaptar templos pagãos em cristãos, com o fito de celebração de liturgia ou cultos ao Senhor Jesus.
Veja que neste momento a Igreja encontra-se desviada da sã doutrina. O Senhor não deixou qualquer mandamento de culto litúrgico e os primeiros discípulos cumpriam isto à risca. Por isso nunca houve a necessidade de templos. Os encontros eram somente para aprendizados da Palavra de Deus (sã doutrina) e o partir do pão (alimentavam-se juntos como um piquenique). Nos batismos não tinha qualquer cerimônia, um batizava o outro. Nos casamentos também, até os pais casavam os próprios filhos. Para que templo? Para que Sacerdote? Todos somos sacerdotes! Só existe um mediador. Pode acreditar!
Porém coma sistematização da doutrina foi criado o clérigo com sacerdote. Estes batizavam, casavam, ministravam o partir do pão (Santa Ceia), dirigiam o culto, ministravam o ensino, e eram responsáveis pelos discípulos.
Observe que no judaísmo o templo era somente para ministrar os sacrifícios e festas judaicas, onde se sacrificava a Deus pelos pecados; também às orações. Os ensinos judaicos eram e são até hoje ministrados nas sinagogas.
Já o cristianismo de Constantino fez uma fusão dos cultos pagãos e dos ensinos judaicos nos templos cristãos. O que perdura mais de 1500 anos. Motivo este que os cristãos de hoje não conseguem vislumbrar um cristo sem templo, sem culto, sem sacerdote.
Sendo que a sã doutrina ensina que o templo de Deus somos nos mesmos que cremos no Senhor como Messias prometido e nos transformamos (batizamos), onde inclusive reside o Espírito de Deus. Pois, Deus não habita em templos feito por mãos de homens, por isso Ele fez cada um de nós e nos habita. Simples assim.
Veja este trecho de João 4:19-24 – “Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta. Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar. Disse-lhe Jesus: Mulher, crê-me que a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém adorareis o Pai. Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”
Também, segundo a sã doutrina o culto a Deus é na razão, na mente, no entendimento, na essência do ser (Rm. 12:1). E não de rituais mecânicos e obrigações religiosas sistematizadas. O culto é a dedicação do nosso ser a Deus em todas as coisas, em todos os momentos e em todos os lugares. Não num lugar determinado, nem nos dias pré-estabelecidos, nem na relatividade nosso ser. Ou seja, é uma entrega total a Deus como nosso dono (Senhor), nosso Rei Eterno, nosso modo existencial. Por isso disse o apostolo Paulo: “Porque eu, pela lei, estou morto para a lei, para viver para Deus. Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim. Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde” (Gálatas 2:19-21).
Veja o trecho de Romanos 12:1-2 – “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.”
Por fim, não precisamos de sacerdotes, primeiro porque nos fez sacerdotes de nos mesmos e, depois, porque o Messias de Nazaré é o nosso sacerdote, o sumo sacerdote eterno numa linhagem superior a de Aarão que ministrava no tempo feito por mãos humanas do judaísmo. E é o único intercessor entre Deus e os homens, que nos advoga perante de Deus. Por isso não precisamos de lideres, padres, pastores, gurus, irmã de oração, profetas, ou qualquer tipo intercessor. O VÉU DO TEMPLO FOI RASGADO DE ALTO ABAIXO.
Vejam os trechos abaixo das Escrituras:
João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dentre os mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém” (Apocalipse 1:4:6).

Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. Porque, se o sangue dos touros e bodes, e a cinza de uma novilha esparzida sobre os imundos, os santifica, quanto à purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna” Hebreus 9:11-15).

Que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem” (1ª Timóteo 2:1-2)

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” (1ª João 2:1-2).


3- Templo é dinheiro, e amor ao dinheiro é raiz de todos os males:
Depois disso tudo em a pergunta: então por que as igrejas cristãs se reúnem em Templos? Fácil de responder: TEMPLO É DINHEIRO. E o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males e, por extensão amor ao templocentrismo é raiz de males.
Utilizando-se dos Templos, as lideranças amontoam para si fortunas alegando como pretexto a construção, modernização, ampliação, ornamentações dos templos; aquisições de apetrechos para as reuniões; vestimentas clericais, salários, etc. Neste afã as pessoas acreditando na tamanha importância dos templos e das reuniões nestes locais, intitulados pelos lideres como “casa de Deus”, doam grandes somas em dinheiro. Donde são feitas grandes retiradas pelos lideres, muitos dentre os quais estão muito ricos.
Estes que se enriqueceram, querem se enriquecer mais e mais, pois a ganância não tem limites. E o deus Mamon é insaciável. Gerando outros lideres com as mesmas ambições de enriquecimento em detrimento ao evangelho da simplicidade ensinado pelo Mestre e constante nas Escrituras. De forma que nas igrejas (Templos) hodiernas tudo é valido para angariar fundos. Dinheiro, jóias, cheque, cartão de crédito, tudo. Os lideres se aproveitam tirando dinheiro até de doações de roupas usadas, pois as vendem nos templos. De forma que a Igreja do Senhor, que, segundo as Escrituras deveria ser a reunião, a assembléias, de seus discípulos em qualquer lugar, passou a ser um local de arrecadação de riquezas, que beneficia apenas um pequeno grupo. Os quais fizeram desses locais denominados o centro de seus negócios.
Pior do que o Templo são as idéias que do sistema religioso transmite a seus fieis em função do templo. Portanto, Padres, Pastores, lideres, etc... O Templo em si não quer dizer muita coisa, o grande problema e que lá além de abrigar as organizações clericais, centraliza o Evangelho, disciplinando o cristão que tudo da parte de Deus ocorre ali. De certa forma com este ensinamento, as lideranças conseguem aprisionar Deus nos templos, como se dali irradiasse a Graça de Deus. E os crentes, bem como as pessoas que ali frequentam, não conhecendo a Palavra de Deus, correm para os templos como se ali fosse um refúgio e refrigério das aflições do mundo.
Tem por aí liderança tão nociva, por causa do vil metal, verdadeiros adoradores de Mamon, que incute na mente do crente que, embora a salvação esteja em Jesus, para ser salvo ele deve frequentar o templo, não pode perder nenhum os cultos, dar dízimo, ofertas, ser obediente ao pastor e doutrina da denominação identificando-a como a verdadeira sã doutrina de Jesus. Não vou discorrer muito sobre esse assunto que é o tema do próximo post: IGREJISMO.
E este Sistema Religioso fulcrado no Templo é um grande mau para os discípulos de Jesus. Não somente de hoje, más de todos os tempos. Inclusive, por que não incluir os Judeus nessa? O Senhor Jesus foi acusado e morto em relação ao Judeus por falar contra o Templo. Porque ali estava a organização religiosa dos judeus, composta dos anciões e principais do povo; Fariseus e Saduceus. Os quais em muito se beneficiavam das arrecadações e daquele sistema religioso em torno do templo.
As organizações religiosas em torno do Templo sempre foi um bom negócio para os homens e não para Deus. A Igreja Primitiva não tinha Templos, e seus encontros e celebrações se davam nas casas dos convertidos, nos sepulcros, em qualquer lugar, e a Igreja ia muito bem. Más foi Constantino, imperador romano do terceiro século da Era Cristã, foi quem institui os templos e transformou o Cristianismo em religião oficial, com a finalidade de manter a unidade do seu Império. Um bom negócio para ele. Assim, Constantino organizou a igreja, fazendo da igreja de Jesus a religião denominada cristianismo. Daí começou a organização e a sistematização do Evangelho, surgindo dogmas, entendimentos, doutrinas, hierarquias e tudo em torno dos templos cristãos; os construídos e os pagãos transformados em cristãos.
Por causa disso tudo, as lideranças não ensinam e nem deixam outros ensinar o certo em relação ao Templo. O fato é que o Senhor Jesus libertou os seus discípulos de estarem presos a locais e formas específicas e pré-estabelecidas de adoração. E disse: “os verdadeiros adoradores adoram em espírito e em verdade” (Jo. 4:___). Ou seja, a adoração deve partir do interior humano para Deus, não importando o lugar nem a forma com que se adora desde que seja sem mentiras ou falsidades, somente com verdade, honestidade.
Hoje em dia o termo igreja, além de seu significado original, também e com muito mais intensidade significa uma casa e uma cruz no telhado. Quando a bem da verdade, segundo os estudiosos, o termo igreja dito por Jesus e pelos seus discípulos constante no Novo Testamento significa Reunião, Assembléia, proveniente do grego “EKKLESIA”. Nada tendo haver com templos ou casas.
Segundo o site wikipedia, a palavra igreja é: “Etimologicamente a palavra grega ekklesia é composta de dois radicais gregos: ek que significa para fora e klesia que significa chamados. No texto bíblico, no "Novo Testamento", a palavra Igreja aparece por diversas vezes, sendo utilizada como referência a um agrupamento de cristãos e não a edificações ou templos, nem mesmo a toda comunidade cristã em alguns momentos. http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja
 Em suma, podemos dizer que o termo igreja se refere a:
1º- SANTO - Aquele que crê é igreja de Cristo.
2º- COMUNIDADE - As reuniões dos Santos em um determinado lugar.
3º- IGREJA - A Universal Assembléia dos Santos – O conjunto de todos os salvos de todos os tempos e de todos os lugares.
4º- TEMPLO - Instituição humana para abrigar e reunir os santos.
Somente as três primeiras definições encontramos no Novo Testamento. Até porque a igreja (santos e comunidades) foi perseguida no inicio da era cristã. Não tinha como edificar uma casa, ou templo e dizer ser cristã. Isso só foi possível após o Imperador Constantino.
Hoje em dia com a liberdade religiosa a igreja (santos e comunidades) se reúne em templos e sob um nome legal. As comunidades cristãs se reúnem legalmente com diversas denominações, formando personalidades jurídicas de direito. E como pessoa jurídicas que são, estão sujeitas a direitos e obrigações na ordem jurídica.
Muito embora a Lei exija personalidade jurídica pata a igreja se reunir, não quer dizer que seja obrigatório erigir templos, templos suntuosos e caríssimos, organizações religiosas expansivas e dominadoras, hierarquizações, e o mais que vemos na “igreja”. E tudo isso existe em função da “raiz de todos os males”, o amor ao dinheiro.
Finalizando, digo que o Senhor Jesus é o Templo que Deus erigiu para si. O texto de João 2:19-22 deixa isto bem claro: “Jesus respondeu, e disse-lhes: Derribai este templo, e em três dias o levantarei. Disseram, pois, os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este templo, e tu o levantarás em três dias? Mas ele falava do templo do seu corpo. Quando, pois, ressuscitou dentre os mortos, os seus discípulos lembraram-se de que lhes dissera isto; e creram na Escritura, e na palavra que Jesus tinha dito”. Por conseguinte, Deus não pussue casas ou templos de pedras espalhados por ai. Más sim, é templo de Deus cada pessoa que crê em Jesus como o Messias, ou seja, o escolhido e enviado por Deus para remir o pecado do mundo. E o tem na condição de Senhor de sua vida para Glória de Deus. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. E a condenação é esta: Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal odeia a luz, e não vem para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus.” (João 3:16-21).  


Amém.


irmaorogerinho@bol.com.br


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

4º Problema: Emanuel beberia vinho?


Como Mataríamos Jesus Novamente 
4º Problema: Emanuel beberia vinho?

Continuando na peregrinação do nosso imaginário Emanuel, pois vimos as questões da Denominação, do Trabalho Ministerial, do Dízimo, e agora entremos n quarto problema: Emanuel beberia ou não vinho?
Obvio que beberia. Vejamos por que.
O vinho é a bebida bíblica. Vários personagens bíblicos têm histórias acerca desta bebida. O próprio Senhor Jesus bebia vinho e era taxado como beberão pelos fariseus hipócritas. Também deixou uma ordenança de beber o vinho para celebrar a sua morte. Por fim disse que votaria a tomar do cálice na Glória com os salvos. Por que então se proíbe como se fosse um vil pecado?
Vamos ver nas Escrituras o que fala acerca de se beber o vinho. Para tanto não vou citar o Antigo Concerto (Velho Testamento) porque ali não se pode nem cogitar em tal proibição.
1º- O Senhor transformou água em vinho, que foi dado aos convidados de uma festa de casamento:
E, faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus: Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Sua mãe disse aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. E estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em cada uma cabiam dois ou três almudes.Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo, e disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho” (João 2:3-10).


2º- Aconselhamentos do Apostolo Paulo a não embriagar-se.
Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto, não sejais seus companheiros. Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois luz no SENHOR; andai como filhos da luz (Porque o fruto do Espírito está em toda a bondade, e justiça e verdade); aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as. Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas estas coisas se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta. Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo; sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” (Efésios 5:6-21).


3º- Aconselhamento do Apostolo Paulo para que os obreiros não sejam pessoas beberronas:
Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo (1ª Tm. 3:1-6).

“Da mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; guardando o mistério da fé numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis” (1ª Tm. 3:8-10).

Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes(Tt. 1:5-9).

Todos os textos sobre orientação das escolhas de obreiros, como Diáconos, dirigentes de congregações, presbíteros, anciões, não há proibição de não beber, más que não sejam dado ao vinho, ou seja, pessoas que vivam constantemente bebendo, se embriagando. Ou por outra, pessoas que saibam administrar a bebida para não se embriagar nem dar mal testemunho.

3º- Aconselhamento do Apostolo Paulo para que as mulheres não sejam pessoas beberronas:
Da mesma sorte que os diáconos, que não sejam dadas a muito vinho; não há proibição de beber moderadamente. O conselho é que saibam administrar o beber vinho.
“Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina. Os velhos, que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, no amor, e na paciência; as mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada” (Tito 2:1-5).


4º- Aconselhamento do Apóstolo Paulo para que Timóteo não bebesse vinho puro, em razão de enfermidades estomacais:

Não bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e das tuas freqüentes enfermidades” (1ª Tm. 5:23).

5º- Aconselhamento do Apóstolo Paulo sobre o Escândalo quando se beber:
“Assim que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr tropeço ou escândalo ao irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda; para esse é imunda. Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem Cristo morreu. Não seja, pois, blasfemado o vosso bem; porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Sigamos, pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus”.

“É verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado”.

“Más nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Portanto cada um de nós agrade ao seu próximo no que é bom para edificação. Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito: Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam. Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus” (Romanos 14:13-23 e 15:1-7).

Está o ensinamento de Paulo Apóstolo de que não é pecado ou de alguma forma proibido o ingerir vinho, pois tudo e limpo e feliz o homem que não se condena naquilo aprova. Desde que não venha trazer algum tipo de embaraço ao irmão que a isso reprova. Então, aquele que não se condena na pratica de beber vinho deve evitar de fazê-lo por causa do irmão fraco nesta fé.

6º- Os membros da Igreja Primordial bebiam
“Nisto, porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para melhor, senão para pior. Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja, há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até importa que haja entre vós heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. De sorte que, quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor. Porque, comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e outro embriaga-se”.

“Não tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não vos louvo. Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.

“Portanto, qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do SENHOR” (1ª Coríntios 11:17-29).


.Portanto, podemos concluir com grande estabilidade que o beber vinho não é pecado. De forma nenhuma. Certo porém é afirmar que embriagar-se foge ao aconselhamento bíblico e que os beberrões (o dedica-se a bebida) pecam e ficaram de fora. Beber vinho é mais uma questão vigiar a conduta do que tratá-la como pecado como faz a religião evangélica.

Os pastores evangélicos proíbem o beber vinho, cerveja ou bebidas destiladas por que os brasileiros tem histórico de beberrões e seria muito difícil conservá-los na igreja sem tal proibição.

Respeito a opinião, mas discordo veementemente. Porque tentando salvar alguns, deixam muito que têm controle sobre a bebida de fora. Que vêem escândalo na Igreja a proibição da bebida e se afastam do criador por isso. Ou seja, para se mais explicito, ganha de um lado e perde do outro.

Também hoje em dia a proibição da bebida não tem fundamento e se torna ilógica, de forma que vários evangélicos bebem escondidos e acabam por se enfraquecer na fé. Haja a vista que fazer algo escondido não soa bem a alma, a consciência, ainda que a pratica não seja ilícita. Porém o esconder-se para fazer a torna ante a proibição imprópria.

Seria mais lógico, nos dias atuais, educar o crente a beber do que proibi-lo de vez porque qualquer jovem da mocidade já possui o ensino médio e tem capacidade de interpretar as Escrituras. E se interpreta, discute tais erros teológicos. Antigamente, com milhares de crentes analfabetos ou semi-alfabetizados o que o pastor dizia era lei. Então recitava: -“E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” e, com isso, dizia que era pecado beber. Hoje, lucidamente, o crente questiona e faz a diferença ente o beber e o embriagar-se. Não necessariamente se bebe e se embriaga. E ainda pega exemplos no mundo de pessoas que bebem e não se embriagam.  Como tem pessoas que bebem e não se embriagam.

A exemplo do que estou falando cito a religião dos Testemunhas de Jeová, onde eles ensinam as pessoas a não se embriagar sem proibir que elas bebem. E muitos crentes da religião evangélicas estão indo para lá.  

Por tudo isso digo que o nosso personagem Emanuel beberia da bebida fermentada. Visto não haver qualquer proibição nas Escrituras Sagradas, más sim, na religião evangélica.



sábado, 1 de fevereiro de 2014

3º Problema: Emanuel Pagaria (devolveria, ou daria) o Dízimo?



Como Mataríamos Jesus Novamente 
3º Problema: Emanuel Pagaria (devolveria, ou daria) o Dízimo?



Claro que não.

Em primeiro lugar o nosso personagem perguntaria o que é isso? Isto não é profissão de fé neo-testamentária, más obrigação entre Judeus, não? Cobrar dízimo, falar neste termo, já beira ao Crime de Estelionato descrito no Código Penal (enganar ou manter alguém em erro para dela tirar vantagem)? Pois bem, o dízimo não é neo-testamentário, não configura uma obrigação Cristã. Portanto, Emanuel não pagaria, devolveria ou daria dízimo porque todas estas são formas de embustes para lograr o povo de Deus. E Emanuel além de não ceder aos caprichos dos Ministérios, Pastores, Lideres, ou qualquer tipo de “cão guloso”, certamente combateria tal prática anti-evangelho da Graça e, quem sabe, até “criminosa”.

A prática do Dizimo, pelo que noticia a Bíblia, começou com o patriarca Abraão. Este entrou em guerra e venceu os quatro reis que além de ter roubado os bens de Ló, seu sobrinho, o sequestraram (Gn. 14:12). Resgatando Ló e os respectivos bens, retornou e foi recebido pelo sacerdote do Altíssimo Melquesedeque, do qual a Bíblia pouco ou quase nada elucida (Hb 7:1-4), a quem Abraão entregou o dízimo: “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo” (Gn. 14:19-20).

Posteriormente, o patriarca Jacó fez um voto com Deus se se abençoado fosse, daria dízimo, conforme Gn. 27:20-22, a seguir: “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir;  E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.

Finalmente, o dízimo foi obrigatório na Lei dada por Deus a Moises no acampamento do Monte Sinai. Não a Lei do Monte Sinal escrita com o dedo de Deus, conhecida como decálogo; más no conjunto das Leis Sacrificais dadas ao Povo Hebreu.

Este mandamento entre os hebreus (povo Judeu) encontra-se pré-estabelecido no Livro de Levítico capitulo 26 como segue:

Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR. Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados. Estes são os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai” (Levitico 26:30-34).

A finalidade do dízimo santificado ao Senhor era a de suprir as necessidades dos filhos de Levi, pois não herdaram território, porém sim, o dever de ministrar na tenda da congregação. Destes filhos de Levi, chamados levitas, eram os que ministravam diante ao Senhor, e de onde se nomeavam os sacerdotes, que eram descendentes de Aarão. Conforme Levitico 18 e versículos abaixo:

Disse também o SENHOR a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles, nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel. E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação” (Levitico 18:20-21).

Observe que o dízimo era propriedade do Senhor, que deu aos filhos de Levi porque não tiveram herança na terra. Conforme Número 18:

Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão” (Número 18:24).

Observe também que o dízimo era dado em alimentos e não em dinheiro. Quem dava o dízimo comia do dízimo. O Judeu que fosse fiel no dízimo era abençoado e prosperava conforme a promessa do Monte Gerizim, porque obedeceu a Lei neste item (Ml. 3:10). O dizimo se destinava ao sustento dos sacerdotes (Filhos de Aarão) e levita (Tribo de Levi), dos órfãos, das viúvas, estrangeiros e necessitados em geral. Veja Deuteronômio 26:

“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; e dirás perante o SENHOR teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci;” (Deuteronômio 26:12-13).

Portanto, toda maldição sofrida por Israel ocorria em razão da sua desobediência Deus e não somente porque não pagava o dízimo.

"E será que, quando o SENHOR teu Deus te introduzir na terra, a que vais para possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição sobre o monte Ebal." (Deuteronômio 11 : 29)

Veja que no capitulo 4 de Amos o povo era fiel no dízimo, más o coração estava longe do Senhor. Ou seja, o povo estava desobediente a Deus e sofria com as maldições do monte Ebal. Leia o trecho abaixo de Amós capitulo 4, más leia o capitulo na totalidade.

Vinde a Betel, e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as transgressões; e cada manhã trazei os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos de três em três dias. E oferecei o sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai as ofertas voluntárias, publicai-as; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor DEUS. Por isso também vos dei limpeza de dentes em todas as vossas cidades, e falta de pão em todos os vossos lugares; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR” (Amós 4:4-6).

Também, quando o povo faltava com o dízimo, ou este era mal aplicado, sofria das maldições do monte Ebal, porque era uma desobediência a Lei Mosaica como lemos em Malaquias 3.

“Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3:6-12).

Agora, o dízimo ministrado nas igrejas Evangélicas hodiernamente serve para que? Primeiramente sustento do Pastor, comprar e pagar as contas do carro 0 Km do pastor, pagar mais algumas dívidas extraordinárias feitas pelo pastor. Depois se destina a construção de prédios e obras infinitas do templo de pedra. Ultimamente, os Ministérios têm construído catedrais evangélicas de várias denominações (Repetindo e competindo com antigos erros da Igreja Apostólica Católica Romana da Idade Média). Depois, se sobrar, ajuda a um ou outro necessitado (Geralmente, a igreja não tem caixa para ajudar o necessitado e se pede no meio ou no fim do culto a colaboração aos cristãos presentes). Não tem obra de Deus nisso.

E o povo vitima, ou melhor, os crentes fieis parecem que estão sedados e nada percebem. Não conseguem enxergar a trama a que estão envolvidos. E derramam dinheiro nas mãos dos “Pastores”, que mais parecem os “cães gulosos” proferido em Isaias 56:10-11. Até porque, os membros das igrejas são constantemente bombardeados com a exortação da prática profética de Ml. 3:8-11. De forma, que este povo entrega o dinheiro do dízimo aos ministérios sob três condições ali declinadas: CULPA, MEDO e/ou GANANCIA.

1º- Pela CULPA DE PECADO porque o texto diz: “roubará o homem a Deus?”. 2ª - pelo MEDO DA MALDIÇÃO, diz o texto: “com maldição sois amaldiçoados”. E 3º pela AMBIÇÃO NA BENÇÃO TAL descrita no texto “derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”.

Ora, Eu disse que o povo parece que está sedado. Note que estes mesmos pastores dizem que Jesus cumpriu a Lei e que o “fim da Lei é Cristo” e não se deve mais guardar a Lei. Conseguem fazer com que os cristãos não cumpram nenhum artigo da Lei, exceto o do Dízimo. Pasmem, o MEDO, a CULPA e a GANÂNCIA é tamanha, que os professos cristãos conseguem entender que não se deve guardar o sábado, que é um artigo das tábuas da Lei, o quarto mandamento do decálogo, escrito com o dedo de Deus, por ter Jesus cumprido a Lei; más cumprem o dízimo (Eu não sei se é pra rir ou pra chorar). Ora, se é pecado não dar dízimo (da Lei de Moises), muito mais pecado é não guardar o sábado do Senhor (da Lei de Deus, repetida na Lei de Moises e nos Profetas). Por tudo isso, Emanuel não pagaria, não devolveria, nem daria, nem quereria ouvir falar dessa coisa que chamam de “dízimo do Senhor”. 

Isto sem falar no grande escândalo que é. Os pastores estão ricos e se enriquecendo. Estimulando ganância, incutindo medo, infundindo culpa no cristão. De forma que o crente evangélico de hoje compete com o mundo nas coisas do mundo, num verdadeiro espírito materialismo-hedonista. Os crentes não preconizam mais a simplicidade e a humildade. Não vão a Deus para adorá-lo pela sua beleza, más para buscar a benção, a “vitória”. E por causa desta ciranda financeira do dízimo e das ofertas, as lideranças se assenhorearam da Fé e se sentam no lugar de Deus, tal qual o servo mal da parábola de Mt. 24:48-49. E enganando e sendo enganados, vivem no espírito dos homens descritos em 2ª Tm. 3:2-7, caminhando a passos largos para a perdição, e levando consigo o rebanho que deveria preparar e entregar a Deus.

Estes são os novos fariseus, ou melhor, são piores dos que os fariseus hipócritas, porque pelo menos os fariseus eram condutores cegos; e os pastores de hoje estão vendo muito bem; não são só hipócritas, são sínicos; condutores sínicos. E pegam o pecador e primeiro o achacam e depois o tornam duas vezes mais filhos do inferno do que eram antes. O conselho de Deus e para nos afastar deles. Porque este espírito impregna e que esta perto acaba se transformando num deles. Por isso o “povo parece que está sedado” e muito estão tentando entrar e ficar por cima nesta ciranda financeira das igrejas evangélicas.

Finalizando, Emanuel não compartilharia nem compactuaria desse espírito e não daria dízimo a Igreja.



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

2º Problema: Pertenceria Emanuel ao corpo ministerial da AD?

Em continuação a jornada do nosso irmão evangélico Emanuel, sempre em vista o dito na suposição da introdução de que o Senhor Jesus voltasse a terra encarnado como um indivíduo comum e pretendesse viver a vida de cristão evangélico nos dias atuais. Assim, descrevemos o primeiro problema que passaria pela “vida evangélica”, qual seja, a que denominação evangélica o Senhor Jesus, encarnado no nosso personagem Emanuel, escolheria para congregar com o seu povo para adorar a Deus pela beleza do seu ser e conviver em comunhão diária na sua existência. Escolhemos a Assembleia de Deus.
Agora passemos ao segundo problema que consiste em ser ou não do Corpo Ministerial da Assembléia de Deus. Posto que o Corpo Ministerial das Assembléias de Deus geralmente se constituem de Pastor, Evangelistas, Presbíteros, Diáconos, Auxiliares de Trabalho e Missionários. Entretanto, muitas Assembléias de Deus já admitem os cargos de Bispo e Pastoras.

2º Problema: Emanuel Pertenceria ao Ministério da Assembléia de Deus?
Claro que nossa personificação de Jesus, o Emanuel, seria cheio do Espírito Santo e teria o perfil daqueles servos de Deus que tem a denominada “chamada ministerial”. E neste diapasão poderia ser convidado a exercer uma função no ministério da igreja. Quer seja Pastor, Presbítero, Diácono ou Auxiliar de Trabalho.
É o Pastor quem administra a igreja. Pastor tem a função de gerenciamento de toda a igreja, quer seja na parte secular, quer na espiritual. Isto é, ele é o responsável pela igreja institucionalmente, como instituição jurídica, social e politicamente organizada, e espiritualmente como parte do corpo de Cristo, comunidade de cristãos professos.
O evangelista tem a responsabilidade dos trabalhos de expansão do evangelho na área geográfica a que esta adstrita a igreja. Cabendo-lhe os trabalhos de evangelização, de profusão da Palavra de Deus e expansão da igreja local.
Os Presbíteros têm como função principal encargos de ensino e as orações com os membros. Auxiliando o Pastor na condução do rebanho local.
O Diácono por seu turno tem as funções mais braçais, ou seja, controlam a entrada e saída, assistem o Pastor ou os Presbíteros durante o culto, organiza o público, mantem a ordem nos trabalhos da igreja, etc.
Por fim, os Missionários têm a função de profusão da Palavra de Deus sem limite territorial. Inclusive em muitas igrejas Assembléia de Deus não é vinculado ao Ministério local, más sim as Convenções ou Igrejas Sedes ou Matrizes.
Portanto a Assembléia de Deus tem um corpo ministerial que a todos denominam genericamente obreiros. E se organizam de forma hierárquica. Assim o Pastor exerce a figura do líder (geralmente cognominado como o “anjo da igreja”); seguindo a hierarquia seguem os Evangelistas, que dominam sobre o corpo de Presbíteros e Diáconos; Em seguida, os Presbíteros que atuam na ausência ou a mando do Pastor, sendo hierarquicamente superiores aos Diáconos. Por fim os Diáconos que, no exercício de suas labutas, exerce poder sobre os membros.
Como disse acima, existe ainda em muitos ministérios a figura do Auxiliar de Trabalho, os quais exercem as mesmas funções do Diácono. Pois na verdade, serão os futuros diáconos e estão no que se chama “em prova” para ascensão funcional no corpo da igreja como diácono.
Também, ressalta-se aqui que uma igreja pode possuir mais de um pastor. E quando isso ocorre, o líder da igreja (“o anjo da igreja”) recebe o nome de Pastor Presidente; enquanto os demais o auxiliam.
Por fim, existem diversos outros ministérios nas Assembléias de Deus, que não estão configurados hierarquicamente. Como os cargos de Regente de Coral; Regente de Departamento; Líder dos Departamentos; Dirigente do ciclo de orações; Tesoureiro; Professores de Escola Bíblica; Secretários, entre outros. Inclusive tais cargos e funções geralmente são compostos por membros do ministério como Presbíteros e Diáconos, e até mesmo pelo pastor.
É claro que Emanuel, sendo a Palavra de Deus, e agindo como um Filho de Deus teria lugar no corpo ministerial da Assembléia de Deus. Por ser um homem de orações e conhecedor da Palavra de Deus certamente poderia desempenhar com toda tranquilidade as funções de Presbítero ou Evangelista, ou Missionário, ou Pastor, por que não?
Séria um excelente Presbítero, pois conduziria o corpo da igreja ao ensino da Palavra Viva e as orações. Seria uma igreja avivada e cheio do Espírito Santo. Como Evangelista teria uma visão maravilhosa de levar a Palavra de Deus a toda criatura na localidade. Como Missionário mais ainda, propalaria a Palavra e levaria o nome da igreja local até os confins da terra. Como Pastor seria um excelente líder, amoroso, afetuoso, conhecedor de seus limites.
Entretanto, haveria um problema grave. Esses cargos nas Assembléias de Deus são custeados. Isso mesmo, os cargos de Pastor, Evangelistas, Missionários e, em algumas Assembléias o de presbíteros, são custeados. Ou seja, os titulares desses cargos têm que pagar mensalidade às convenções para exercê-los.
E Eu não consigo imaginar Jesus, ou melhor, o Emanuel, pagando mensalidade para fazer a obra de Deus. Ou seja, cumprir o mandamento do ide de Jesus e manter uma igreja local com aqueles que professam a mesma crença na Graça do Espírito Santo. Na verdade, Eu consigo imaginar ninguém com saúde espiritual pagando para exercer cargo em igreja.
Isso é doentio. Isso é mania de exercer poder sobre o outrem. E um grupo de espertalhões se aproveita desse desejo nojento de poder dos membros e tira vantagens pecuniárias. Tudo escamoteado na “obra de Deus”.

Os dons de Deus são gratuitos para serem exercidos com gratuidade. O Senhor Jesus deu (do verbo “dar de graça”) para a sua igreja edificar-se os dons descritos em Efésios 4:10-16, que cito:
 “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” (Efésios 4:10-16)
E ensina como exercê-los em Romanos 12:
 “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12:3-8).

Também, dons nos são dados pelo Espírito Santo, de graça pela Graça, para de graça serem exercidos, como em 1ª Corintios 12:1-12 que descrevo:
Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;  e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também” (1ª Co 12:1-12).

Deixo ressaltado, entretanto, que existem os dons Ministeriais e Espirituais todos dados por Deus no propósito da edificação da sua Igreja, a Universal Assembléia dos Santos.
Por acreditar que Emanuel seria lúcido como Jesus foi e não doente por liderança, por exercer poder, ou por ter nome, não se submeteria ao pagamento de “taxa ministerial”, por mais irrisória que fosse, para exercer os dons de Deus na obra de Deus. Até porque isso cheira mal, tem aspecto ruim, tem aparência do mal, pois se tem alguém que poderia cobrar “taxa ministerial” seria o próprio Deus, e não nenhuma convenção. E se alguém se acha com tal direito, logo esse se faz passar por Deus.
Por isso digo, que esses ministérios, igrejas, denominações cobram para nelas trabalhar, pois não são a igreja de Cristo, embora usem o seu nome, más das convenções. Por isso se outorgam no direito de cobrar. Nessa visão há lógica.
E, por isso, EMANUEL seria expulso ou excluído do ministério da Assembléia de Deus, e não poderia exercer seus dons e atributos do Espírito nessas igrejas.

Minha oração é:
Que Deus tenha misericórdia desses que se assentam à porta do reino e não entram e impedem os que querem entrar.

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