Em continuação a jornada do nosso
irmão evangélico Emanuel, sempre em vista o dito na suposição da introdução de
que o Senhor Jesus voltasse a terra encarnado como um indivíduo comum e
pretendesse viver a vida de cristão evangélico nos dias atuais. Assim,
descrevemos o primeiro problema que passaria pela “vida evangélica”, qual seja,
a que denominação evangélica o Senhor Jesus, encarnado no nosso personagem
Emanuel, escolheria para congregar com o seu povo para adorar a Deus pela
beleza do seu ser e conviver em comunhão diária na sua existência. Escolhemos a Assembleia de Deus.
Agora passemos ao segundo
problema que consiste em ser ou não do Corpo Ministerial da Assembléia de Deus.
Posto que o Corpo Ministerial das Assembléias de Deus geralmente se constituem
de Pastor, Evangelistas, Presbíteros, Diáconos, Auxiliares de Trabalho e
Missionários. Entretanto, muitas Assembléias de Deus já admitem os cargos de
Bispo e Pastoras.
2º Problema: Emanuel Pertenceria ao Ministério da Assembléia
de Deus?
Claro que nossa personificação de
Jesus, o Emanuel, seria cheio do Espírito Santo e teria o perfil daqueles
servos de Deus que tem a denominada “chamada ministerial”. E neste diapasão
poderia ser convidado a exercer uma função no ministério da igreja. Quer seja
Pastor, Presbítero, Diácono ou Auxiliar de Trabalho.
É o Pastor quem administra a
igreja. Pastor tem a função de gerenciamento de toda a igreja, quer seja na
parte secular, quer na espiritual. Isto é, ele é o responsável pela igreja institucionalmente,
como instituição jurídica, social e politicamente organizada, e espiritualmente
como parte do corpo de Cristo, comunidade de cristãos professos.
O evangelista tem a
responsabilidade dos trabalhos de expansão do evangelho na área geográfica a
que esta adstrita a igreja. Cabendo-lhe os trabalhos de evangelização, de profusão
da Palavra de Deus e expansão da igreja local.
Os Presbíteros têm como função
principal encargos de ensino e as orações com os membros. Auxiliando o Pastor
na condução do rebanho local.
O Diácono por seu turno tem as
funções mais braçais, ou seja, controlam a entrada e saída, assistem o Pastor
ou os Presbíteros durante o culto, organiza o público, mantem a ordem nos
trabalhos da igreja, etc.
Por fim, os Missionários têm a
função de profusão da Palavra de Deus sem limite territorial. Inclusive em
muitas igrejas Assembléia de Deus não é vinculado ao Ministério local, más sim
as Convenções ou Igrejas Sedes ou Matrizes.
Portanto a Assembléia de Deus tem
um corpo ministerial que a todos denominam genericamente obreiros. E se
organizam de forma hierárquica. Assim o Pastor exerce a figura do líder
(geralmente cognominado como o “anjo da igreja”); seguindo a hierarquia seguem
os Evangelistas, que dominam sobre o corpo de Presbíteros e Diáconos; Em
seguida, os Presbíteros que atuam na ausência ou a mando do Pastor, sendo
hierarquicamente superiores aos Diáconos. Por fim os Diáconos que, no exercício
de suas labutas, exerce poder sobre os membros.
Como disse acima, existe ainda em
muitos ministérios a figura do Auxiliar de Trabalho, os quais exercem as mesmas
funções do Diácono. Pois na verdade, serão os futuros diáconos e estão no que
se chama “em prova” para ascensão funcional no corpo da igreja como diácono.
Também, ressalta-se aqui que uma
igreja pode possuir mais de um pastor. E quando isso ocorre, o líder da igreja
(“o anjo da igreja”) recebe o nome de Pastor Presidente; enquanto os demais o
auxiliam.
Por fim, existem diversos outros
ministérios nas Assembléias de Deus, que não estão configurados
hierarquicamente. Como os cargos de Regente de Coral; Regente de Departamento;
Líder dos Departamentos; Dirigente do ciclo de orações; Tesoureiro; Professores
de Escola Bíblica; Secretários, entre outros. Inclusive tais cargos e funções
geralmente são compostos por membros do ministério como Presbíteros e Diáconos,
e até mesmo pelo pastor.
É claro que Emanuel, sendo a
Palavra de Deus, e agindo como um Filho de Deus teria lugar no corpo
ministerial da Assembléia de Deus. Por ser um homem de orações e conhecedor da
Palavra de Deus certamente poderia desempenhar com toda tranquilidade as
funções de Presbítero ou Evangelista, ou Missionário, ou Pastor, por que não?
Séria um excelente Presbítero,
pois conduziria o corpo da igreja ao ensino da Palavra Viva e as orações. Seria
uma igreja avivada e cheio do Espírito Santo. Como Evangelista teria uma visão
maravilhosa de levar a Palavra de Deus a toda criatura na localidade. Como
Missionário mais ainda, propalaria a Palavra e levaria o nome da igreja local
até os confins da terra. Como Pastor seria um excelente líder, amoroso,
afetuoso, conhecedor de seus limites.
Entretanto, haveria um problema
grave. Esses cargos nas Assembléias de Deus são custeados. Isso mesmo, os
cargos de Pastor, Evangelistas, Missionários e, em algumas Assembléias o de
presbíteros, são custeados. Ou seja, os titulares desses cargos têm que pagar
mensalidade às convenções para exercê-los.
E Eu não consigo imaginar Jesus,
ou melhor, o Emanuel, pagando mensalidade para fazer a obra de Deus. Ou seja,
cumprir o mandamento do ide de Jesus e manter uma igreja local com aqueles que
professam a mesma crença na Graça do Espírito Santo. Na verdade, Eu consigo
imaginar ninguém com saúde espiritual pagando para exercer cargo em igreja.
Isso é doentio. Isso é mania de
exercer poder sobre o outrem. E um grupo de espertalhões se aproveita desse
desejo nojento de poder dos membros e tira vantagens pecuniárias. Tudo
escamoteado na “obra de Deus”.
Os dons de Deus são gratuitos
para serem exercidos com gratuidade. O Senhor Jesus deu (do verbo “dar de
graça”) para a sua igreja edificar-se os dons descritos em Efésios 4:10-16, que
cito:
“Aquele
que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir
todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e
outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o
aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo
de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho
de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que
não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de
doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente.
Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça,
Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as
juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para
sua edificação em amor.” (Efésios 4:10-16)
E ensina como exercê-los em Romanos
12:
“Porque pela graça que me é dada, digo
a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense
com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque
assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma
operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas
individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes
dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida
da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao
ensino; ou o que
exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que
preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm
12:3-8).
Também, dons nos são dados pelo
Espírito Santo, de graça pela Graça, para de graça serem exercidos, como em 1ª
Corintios 12:1-12 que descrevo:
“Acerca dos dons espirituais, não quero,
irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos
ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto, vos quero fazer compreender que
ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode
dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o
mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há
diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a
manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um
pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a
palavra da ciência; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a
outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de
maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e
a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um
só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a
cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e
todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também” (1ª
Co 12:1-12).
Deixo ressaltado, entretanto, que
existem os dons Ministeriais e Espirituais todos dados por Deus no propósito da
edificação da sua Igreja, a Universal Assembléia dos Santos.
Por acreditar que Emanuel seria
lúcido como Jesus foi e não doente por liderança, por exercer poder, ou por ter
nome, não se submeteria ao pagamento de “taxa ministerial”, por mais irrisória
que fosse, para exercer os dons de Deus na obra de Deus. Até porque isso cheira
mal, tem aspecto ruim, tem aparência do mal, pois se tem alguém que poderia
cobrar “taxa ministerial” seria o próprio Deus, e não nenhuma convenção. E se
alguém se acha com tal direito, logo esse se faz passar por Deus.
Por isso digo, que esses
ministérios, igrejas, denominações cobram para nelas trabalhar, pois não são a
igreja de Cristo, embora usem o seu nome, más das convenções. Por isso se
outorgam no direito de cobrar. Nessa visão há lógica.
E, por isso, EMANUEL seria
expulso ou excluído do ministério da Assembléia de Deus, e não poderia exercer
seus dons e atributos do Espírito nessas igrejas.
Minha oração é:
Que Deus
tenha misericórdia desses que se assentam à porta do reino e não entram e
impedem os que querem entrar.
irmaorogerinho@bol.com.br
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