Como Mataríamos Jesus Novamente
4º Problema: Emanuel beberia vinho?
Continuando
na peregrinação do nosso imaginário Emanuel, pois vimos as questões da
Denominação, do Trabalho Ministerial, do Dízimo, e agora entremos n quarto
problema: Emanuel beberia ou não vinho?
Obvio
que beberia. Vejamos por que.
O
vinho é a bebida bíblica. Vários personagens bíblicos têm histórias acerca
desta bebida. O próprio Senhor Jesus bebia vinho e era taxado como beberão
pelos fariseus hipócritas. Também deixou uma ordenança de beber o vinho para
celebrar a sua morte. Por fim disse que votaria a tomar do cálice na Glória com
os salvos. Por que então se proíbe como se fosse um vil pecado?
Vamos
ver nas Escrituras o que fala acerca de se beber o vinho. Para tanto não vou
citar o Antigo Concerto (Velho Testamento) porque ali não se pode nem cogitar
em tal proibição.
1º-
O Senhor transformou água em vinho,
que foi dado aos convidados de uma festa de casamento:
“E,
faltando vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não têm vinho. Disse-lhe Jesus:
Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora. Sua mãe disse
aos serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. E
estavam ali postas seis talhas de pedra, para as purificações dos judeus, e em
cada uma cabiam dois ou três almudes.Disse-lhes Jesus: Enchei de água essas
talhas. E encheram-nas até em cima. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao
mestre-sala. E levaram. E, logo que o
mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo de onde viera, se bem que o
sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao esposo,
e disse-lhe: Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem,
então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho” (João 2:3-10).
2º-
Aconselhamentos do Apostolo Paulo a
não embriagar-se.
“Ninguém vos engane com palavras vãs;
porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Portanto,
não sejais seus companheiros. Porque noutro tempo éreis trevas, mas agora sois
luz no SENHOR; andai como filhos da luz (Porque o fruto do Espírito está em
toda a bondade, e justiça e verdade); aprovando o que é agradável ao Senhor. E
não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as.
Porque o que eles fazem em oculto até dizê-lo é torpe. Mas todas estas coisas
se manifestam, sendo condenadas pela luz, porque a luz tudo manifesta. Por isso
diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te
esclarecerá. Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, mas
como sábios, remindo o tempo; porquanto os dias são maus. Por isso não sejais
insensatos, mas entendei qual seja a vontade do Senhor. E não vos embriagueis com vinho, em que há
contenda, mas enchei-vos do Espírito; falando entre vós em salmos, e hinos,
e cânticos espirituais; cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração; dando
sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus
Cristo; sujeitando-vos uns aos outros no temor de Deus” (Efésios 5:6-21).
3º-
Aconselhamento do Apostolo Paulo para
que os obreiros não sejam pessoas beberronas:
“Esta
é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra
deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher,
vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao
vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não
contencioso, não avarento; que governe bem a sua própria casa, tendo seus
filhos em sujeição, com toda a modéstia (Porque, se alguém não sabe governar a
sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?); não neófito, para que,
ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo (1ª Tm. 3:1-6).
“Da
mesma sorte os diáconos sejam honestos, não de língua dobre, não dados a
muito vinho, não cobiçosos de torpe ganância; guardando o mistério da fé
numa consciência pura. E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam,
se forem irrepreensíveis”
(1ª Tm. 3:8-10).
“Por
esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que
ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já
te mandei: Aquele que for
irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que não possam
ser acusados de dissolução nem são desobedientes. Porque convém que o bispo
seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem
iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe
ganância; mas dado à hospitalidade,
amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; retendo firme a fiel palavra,
que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a
sã doutrina, como para convencer os contradizentes” (Tt. 1:5-9).
Todos
os textos sobre orientação das escolhas de obreiros, como Diáconos, dirigentes
de congregações, presbíteros, anciões, não há proibição de não beber, más que
não sejam dado ao vinho, ou seja, pessoas que vivam constantemente bebendo, se
embriagando. Ou por outra, pessoas que saibam administrar a bebida para não se
embriagar nem dar mal testemunho.
3º-
Aconselhamento do Apostolo Paulo para
que as mulheres não sejam pessoas beberronas:
Da
mesma sorte que os diáconos, que não sejam dadas a muito vinho; não há proibição
de beber moderadamente. O conselho é que saibam administrar o beber vinho.
“Tu,
porém, fala o que convém à sã doutrina. Os
velhos, que sejam sóbrios, graves, prudentes, sãos na fé, no amor, e na
paciência; as mulheres idosas, semelhantemente, que
sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas
a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem
prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas,
castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de
Deus não seja blasfemada”
(Tito 2:1-5).
4º- Aconselhamento do Apóstolo Paulo para que Timóteo não bebesse vinho
puro, em razão de enfermidades estomacais:
“Não
bebas mais água só, mas usa de um pouco de vinho, por causa do teu estômago e
das tuas freqüentes enfermidades”
(1ª Tm. 5:23).
5º- Aconselhamento do Apóstolo Paulo sobre o
Escândalo quando se beber:
“Assim
que não nos julguemos mais uns aos outros; antes seja o vosso propósito não pôr
tropeço ou escândalo ao irmão. Eu sei, e estou certo no Senhor Jesus, que nenhuma
coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda;
para esse é imunda. Mas, se por causa da comida se contrista teu irmão, já não
andas conforme o amor. Não destruas por causa da tua comida aquele por quem
Cristo morreu. Não seja, pois, blasfemado o vosso bem; porque o reino de Deus
não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.
Porque quem nisto serve a Cristo agradável é a Deus e aceito aos homens. Sigamos,
pois, as coisas que servem para a paz e para a edificação de uns para com os
outros. Não destruas por causa da comida a obra de Deus”.
“É
verdade que tudo é limpo, mas mal vai para o homem que come com
escândalo. Bom é não comer carne, nem beber vinho, nem fazer outras
coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se
enfraqueça. Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado
aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem
dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de
fé é pecado”.
“Más
nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar
a nós mesmos. Portanto cada um de nós
agrade ao seu próximo no que é bom para edificação.
Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito:
Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam.
Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito,
para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança. Ora, o Deus de paciência e consolação vos
conceda o mesmo sentimento uns para com os outros, segundo Cristo Jesus. Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao
Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Portanto
recebei-vos uns aos outros, como também Cristo nos recebeu para glória de Deus” (Romanos 14:13-23 e 15:1-7).
Está
o ensinamento de Paulo Apóstolo de que não é pecado ou de alguma forma proibido
o ingerir vinho, pois tudo e limpo e feliz o homem que não se condena naquilo
aprova. Desde que não venha trazer algum tipo de embaraço ao irmão que a isso reprova.
Então, aquele que não se condena na pratica de beber vinho deve evitar de fazê-lo
por causa do irmão fraco nesta fé.
6º-
Os membros da Igreja Primordial bebiam
“Nisto,
porém, que vou dizer-vos não vos louvo; porquanto vos ajuntais, não para
melhor, senão para pior. Porque antes de tudo ouço que, quando vos ajuntais na igreja,
há entre vós dissensões; e em parte o creio. E até importa que haja entre vós
heresias, para que os que são sinceros se manifestem entre vós. De sorte que,
quando vos ajuntais num lugar, não é para comer a ceia do Senhor. Porque,
comendo, cada um toma antecipadamente a sua própria ceia; e assim um tem fome e
outro embriaga-se”.
“Não
tendes porventura casas para comer e para beber? Ou desprezais a igreja de
Deus, e envergonhais os que nada têm? Que vos direi? Louvar-vos-ei? Nisto não
vos louvo. Porque eu recebi do SENHOR o que também vos ensinei: que o Senhor
Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão; e, tendo dado graças, o partiu
e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que é partido por vós; fazei isto em
memória de mim. Semelhantemente também, depois de cear, tomou o cálice,
dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto, todas as
vezes que beberdes, em memória de mim. Porque todas as vezes que comerdes este
pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha.
“Portanto,
qualquer que comer este pão, ou beber o cálice do Senhor indignamente, será
culpado do corpo e do sangue do Senhor. Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e
assim coma deste pão e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente,
come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do SENHOR” (1ª Coríntios 11:17-29).
.Portanto, podemos concluir com grande
estabilidade que o beber vinho não é pecado. De forma nenhuma. Certo porém é afirmar
que embriagar-se foge ao aconselhamento bíblico e que os beberrões (o dedica-se
a bebida) pecam e ficaram de fora. Beber vinho é mais uma questão vigiar a
conduta do que tratá-la como pecado como faz a religião evangélica.
Os pastores evangélicos proíbem o
beber vinho, cerveja ou bebidas destiladas por que os brasileiros tem histórico
de beberrões e seria muito difícil conservá-los na igreja sem tal proibição.
Respeito a opinião, mas discordo
veementemente. Porque tentando salvar alguns, deixam muito que têm controle sobre
a bebida de fora. Que vêem escândalo na Igreja a proibição da bebida e se
afastam do criador por isso. Ou seja, para se mais explicito, ganha de um lado
e perde do outro.
Também hoje em dia a proibição da
bebida não tem fundamento e se torna ilógica, de forma que vários evangélicos bebem
escondidos e acabam por se enfraquecer na fé. Haja a vista que fazer algo escondido
não soa bem a alma, a consciência, ainda que a pratica não seja ilícita. Porém
o esconder-se para fazer a torna ante a proibição imprópria.
Seria mais lógico, nos dias atuais,
educar o crente a beber do que proibi-lo de vez porque qualquer jovem da
mocidade já possui o ensino médio e tem capacidade de interpretar as
Escrituras. E se interpreta, discute tais erros teológicos. Antigamente, com
milhares de crentes analfabetos ou semi-alfabetizados o que o pastor dizia era
lei. Então recitava: -“E não vos
embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito” e,
com isso, dizia que era pecado beber. Hoje, lucidamente, o crente questiona e
faz a diferença ente o beber e o embriagar-se. Não necessariamente se bebe e se
embriaga. E ainda pega exemplos no mundo de pessoas que bebem e não se
embriagam. Como tem pessoas que bebem e
não se embriagam.
A exemplo do que estou falando cito a
religião dos Testemunhas de Jeová, onde eles ensinam as pessoas a não se embriagar
sem proibir que elas bebem. E muitos crentes da religião evangélicas estão indo
para lá.
Por tudo isso digo que o nosso personagem Emanuel beberia
da bebida fermentada. Visto não haver qualquer proibição nas Escrituras
Sagradas, más sim, na religião evangélica.