quarta-feira, 21 de agosto de 2013

2º Problema: Pertenceria Emanuel ao corpo ministerial da AD?

Em continuação a jornada do nosso irmão evangélico Emanuel, sempre em vista o dito na suposição da introdução de que o Senhor Jesus voltasse a terra encarnado como um indivíduo comum e pretendesse viver a vida de cristão evangélico nos dias atuais. Assim, descrevemos o primeiro problema que passaria pela “vida evangélica”, qual seja, a que denominação evangélica o Senhor Jesus, encarnado no nosso personagem Emanuel, escolheria para congregar com o seu povo para adorar a Deus pela beleza do seu ser e conviver em comunhão diária na sua existência. Escolhemos a Assembleia de Deus.
Agora passemos ao segundo problema que consiste em ser ou não do Corpo Ministerial da Assembléia de Deus. Posto que o Corpo Ministerial das Assembléias de Deus geralmente se constituem de Pastor, Evangelistas, Presbíteros, Diáconos, Auxiliares de Trabalho e Missionários. Entretanto, muitas Assembléias de Deus já admitem os cargos de Bispo e Pastoras.

2º Problema: Emanuel Pertenceria ao Ministério da Assembléia de Deus?
Claro que nossa personificação de Jesus, o Emanuel, seria cheio do Espírito Santo e teria o perfil daqueles servos de Deus que tem a denominada “chamada ministerial”. E neste diapasão poderia ser convidado a exercer uma função no ministério da igreja. Quer seja Pastor, Presbítero, Diácono ou Auxiliar de Trabalho.
É o Pastor quem administra a igreja. Pastor tem a função de gerenciamento de toda a igreja, quer seja na parte secular, quer na espiritual. Isto é, ele é o responsável pela igreja institucionalmente, como instituição jurídica, social e politicamente organizada, e espiritualmente como parte do corpo de Cristo, comunidade de cristãos professos.
O evangelista tem a responsabilidade dos trabalhos de expansão do evangelho na área geográfica a que esta adstrita a igreja. Cabendo-lhe os trabalhos de evangelização, de profusão da Palavra de Deus e expansão da igreja local.
Os Presbíteros têm como função principal encargos de ensino e as orações com os membros. Auxiliando o Pastor na condução do rebanho local.
O Diácono por seu turno tem as funções mais braçais, ou seja, controlam a entrada e saída, assistem o Pastor ou os Presbíteros durante o culto, organiza o público, mantem a ordem nos trabalhos da igreja, etc.
Por fim, os Missionários têm a função de profusão da Palavra de Deus sem limite territorial. Inclusive em muitas igrejas Assembléia de Deus não é vinculado ao Ministério local, más sim as Convenções ou Igrejas Sedes ou Matrizes.
Portanto a Assembléia de Deus tem um corpo ministerial que a todos denominam genericamente obreiros. E se organizam de forma hierárquica. Assim o Pastor exerce a figura do líder (geralmente cognominado como o “anjo da igreja”); seguindo a hierarquia seguem os Evangelistas, que dominam sobre o corpo de Presbíteros e Diáconos; Em seguida, os Presbíteros que atuam na ausência ou a mando do Pastor, sendo hierarquicamente superiores aos Diáconos. Por fim os Diáconos que, no exercício de suas labutas, exerce poder sobre os membros.
Como disse acima, existe ainda em muitos ministérios a figura do Auxiliar de Trabalho, os quais exercem as mesmas funções do Diácono. Pois na verdade, serão os futuros diáconos e estão no que se chama “em prova” para ascensão funcional no corpo da igreja como diácono.
Também, ressalta-se aqui que uma igreja pode possuir mais de um pastor. E quando isso ocorre, o líder da igreja (“o anjo da igreja”) recebe o nome de Pastor Presidente; enquanto os demais o auxiliam.
Por fim, existem diversos outros ministérios nas Assembléias de Deus, que não estão configurados hierarquicamente. Como os cargos de Regente de Coral; Regente de Departamento; Líder dos Departamentos; Dirigente do ciclo de orações; Tesoureiro; Professores de Escola Bíblica; Secretários, entre outros. Inclusive tais cargos e funções geralmente são compostos por membros do ministério como Presbíteros e Diáconos, e até mesmo pelo pastor.
É claro que Emanuel, sendo a Palavra de Deus, e agindo como um Filho de Deus teria lugar no corpo ministerial da Assembléia de Deus. Por ser um homem de orações e conhecedor da Palavra de Deus certamente poderia desempenhar com toda tranquilidade as funções de Presbítero ou Evangelista, ou Missionário, ou Pastor, por que não?
Séria um excelente Presbítero, pois conduziria o corpo da igreja ao ensino da Palavra Viva e as orações. Seria uma igreja avivada e cheio do Espírito Santo. Como Evangelista teria uma visão maravilhosa de levar a Palavra de Deus a toda criatura na localidade. Como Missionário mais ainda, propalaria a Palavra e levaria o nome da igreja local até os confins da terra. Como Pastor seria um excelente líder, amoroso, afetuoso, conhecedor de seus limites.
Entretanto, haveria um problema grave. Esses cargos nas Assembléias de Deus são custeados. Isso mesmo, os cargos de Pastor, Evangelistas, Missionários e, em algumas Assembléias o de presbíteros, são custeados. Ou seja, os titulares desses cargos têm que pagar mensalidade às convenções para exercê-los.
E Eu não consigo imaginar Jesus, ou melhor, o Emanuel, pagando mensalidade para fazer a obra de Deus. Ou seja, cumprir o mandamento do ide de Jesus e manter uma igreja local com aqueles que professam a mesma crença na Graça do Espírito Santo. Na verdade, Eu consigo imaginar ninguém com saúde espiritual pagando para exercer cargo em igreja.
Isso é doentio. Isso é mania de exercer poder sobre o outrem. E um grupo de espertalhões se aproveita desse desejo nojento de poder dos membros e tira vantagens pecuniárias. Tudo escamoteado na “obra de Deus”.

Os dons de Deus são gratuitos para serem exercidos com gratuidade. O Senhor Jesus deu (do verbo “dar de graça”) para a sua igreja edificar-se os dons descritos em Efésios 4:10-16, que cito:
 “Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé, e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura completa de Cristo, para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo o vento de doutrina, pelo engano dos homens que com astúcia enganam fraudulosamente. Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado, e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” (Efésios 4:10-16)
E ensina como exercê-los em Romanos 12:
 “Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um. Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” (Rm 12:3-8).

Também, dons nos são dados pelo Espírito Santo, de graça pela Graça, para de graça serem exercidos, como em 1ª Corintios 12:1-12 que descrevo:
Acerca dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós bem sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados. Portanto, vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o SENHOR, senão pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. Porque a um pelo Espírito é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;  e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro a operação de maravilhas; e a outro a profecia; e a outro o dom de discernir os espíritos; e a outro a variedade de línguas; e a outro a interpretação das línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também” (1ª Co 12:1-12).

Deixo ressaltado, entretanto, que existem os dons Ministeriais e Espirituais todos dados por Deus no propósito da edificação da sua Igreja, a Universal Assembléia dos Santos.
Por acreditar que Emanuel seria lúcido como Jesus foi e não doente por liderança, por exercer poder, ou por ter nome, não se submeteria ao pagamento de “taxa ministerial”, por mais irrisória que fosse, para exercer os dons de Deus na obra de Deus. Até porque isso cheira mal, tem aspecto ruim, tem aparência do mal, pois se tem alguém que poderia cobrar “taxa ministerial” seria o próprio Deus, e não nenhuma convenção. E se alguém se acha com tal direito, logo esse se faz passar por Deus.
Por isso digo, que esses ministérios, igrejas, denominações cobram para nelas trabalhar, pois não são a igreja de Cristo, embora usem o seu nome, más das convenções. Por isso se outorgam no direito de cobrar. Nessa visão há lógica.
E, por isso, EMANUEL seria expulso ou excluído do ministério da Assembléia de Deus, e não poderia exercer seus dons e atributos do Espírito nessas igrejas.

Minha oração é:
Que Deus tenha misericórdia desses que se assentam à porta do reino e não entram e impedem os que querem entrar.

irmaorogerinho@bol.com.br



Nenhum comentário:

Postar um comentário