Como
Mataríamos Jesus Novamente
3º
Problema: Emanuel Pagaria (devolveria, ou
daria) o Dízimo?
Claro que não.
Em primeiro lugar o nosso personagem perguntaria o
que é isso? Isto não é profissão de fé neo-testamentária, más obrigação entre
Judeus, não? Cobrar dízimo, falar neste termo, já beira ao Crime de Estelionato
descrito no Código Penal (enganar ou manter alguém em erro para dela tirar
vantagem)? Pois bem, o dízimo não é neo-testamentário, não configura uma obrigação
Cristã. Portanto, Emanuel não pagaria, devolveria ou daria dízimo porque todas
estas são formas de embustes para lograr o povo de Deus. E Emanuel além de não
ceder aos caprichos dos Ministérios, Pastores, Lideres, ou qualquer tipo de
“cão guloso”, certamente combateria tal prática anti-evangelho da Graça e, quem
sabe, até “criminosa”.
A prática
do Dizimo, pelo que noticia a Bíblia, começou com o patriarca Abraão. Este
entrou em guerra e venceu os quatro reis que além de ter roubado os bens de Ló,
seu sobrinho, o sequestraram (Gn. 14:12). Resgatando Ló e os respectivos bens,
retornou e foi recebido pelo sacerdote do Altíssimo Melquesedeque, do qual a
Bíblia pouco ou quase nada elucida (Hb 7:1-4), a quem Abraão entregou o dízimo: “E Melquisedeque, rei de
Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E
abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos
céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos
nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo” (Gn. 14:19-20).
Posteriormente, o patriarca Jacó fez um voto com
Deus se se abençoado fosse, daria dízimo, conforme Gn. 27:20-22, a seguir: “E
Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que
faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir; E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR
me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e
de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.
Finalmente, o dízimo foi obrigatório na Lei dada
por Deus a Moises no acampamento do Monte Sinai. Não a Lei do Monte Sinal
escrita com o dedo de Deus, conhecida como decálogo; más no conjunto das Leis
Sacrificais dadas ao Povo Hebreu.
Este mandamento entre os hebreus (povo Judeu)
encontra-se pré-estabelecido no Livro de Levítico capitulo 26 como segue:
“Também todas as dízimas
do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são
ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa,
acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do
gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao
SENHOR. Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de
alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão
resgatados. Estes são os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés, para os filhos
de Israel, no monte Sinai”
(Levitico 26:30-34).
A finalidade do dízimo santificado ao Senhor era a
de suprir as necessidades dos filhos de Levi, pois não herdaram território,
porém sim, o dever de ministrar na tenda da congregação. Destes filhos de Levi,
chamados levitas, eram os que ministravam diante ao Senhor, e de onde se
nomeavam os sacerdotes, que eram descendentes de Aarão. Conforme Levitico 18 e
versículos abaixo:
“Disse também o SENHOR a
Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles, nenhuma parte terás;
eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel. E eis que aos
filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo
ministério que executam, o ministério da tenda da congregação” (Levitico 18:20-21).
Observe que
o dízimo era propriedade do Senhor, que deu aos filhos de Levi porque não
tiveram herança na terra. Conforme Número 18:
“Porque
os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada,
tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos
de Israel nenhuma herança terão”
(Número 18:24).
Observe também que o dízimo era dado em alimentos e
não em dinheiro. Quem dava o dízimo comia do dízimo. O Judeu que fosse fiel no
dízimo era abençoado e prosperava conforme a promessa do Monte Gerizim, porque
obedeceu a Lei neste item (Ml. 3:10). O dizimo se destinava ao sustento dos
sacerdotes (Filhos de Aarão) e levita (Tribo de Levi), dos órfãos, das viúvas,
estrangeiros e necessitados em geral. Veja
Deuteronômio 26:
“Quando acabares de separar todos os
dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os
darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das
tuas portas, e se fartem; e dirás perante o SENHOR teu Deus: Tirei da minha
casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao
órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não
transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci;” (Deuteronômio 26:12-13).
Portanto, toda maldição sofrida por Israel ocorria em
razão da sua desobediência Deus e não somente porque não pagava o dízimo.
"E
será que, quando o SENHOR teu Deus te introduzir na terra, a que vais para
possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição
sobre o monte Ebal." (Deuteronômio 11 : 29)
Veja que no capitulo 4 de Amos o povo era fiel no
dízimo, más o coração estava longe do Senhor. Ou seja, o povo estava desobediente
a Deus e sofria com as maldições do monte Ebal. Leia o trecho abaixo de Amós
capitulo 4, más leia o capitulo na totalidade.
“Vinde
a Betel, e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as transgressões; e cada manhã
trazei os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos de três em três dias. E
oferecei o sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai as ofertas
voluntárias, publicai-as; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o
Senhor DEUS. Por isso também vos dei limpeza de dentes em todas as
vossas cidades, e falta de pão em todos os vossos lugares; contudo não vos
convertestes a mim, disse o SENHOR”
(Amós 4:4-6).
Também, quando o povo faltava com o dízimo, ou este
era mal aplicado, sofria das maldições do monte Ebal, porque era uma
desobediência a Lei Mosaica como lemos em Malaquias 3.
“Porque eu, o Senhor,
não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde
os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes;
tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas
vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia
vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.
Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação.
Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para
que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar
sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da
vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos
Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós
sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3:6-12).
Agora, o dízimo ministrado nas igrejas Evangélicas hodiernamente
serve para que? Primeiramente sustento do Pastor, comprar e pagar as contas do
carro 0 Km do pastor, pagar mais algumas dívidas extraordinárias feitas pelo
pastor. Depois se destina a construção de prédios e obras infinitas do templo
de pedra. Ultimamente, os Ministérios têm construído catedrais evangélicas de
várias denominações (Repetindo e competindo com antigos erros da Igreja
Apostólica Católica Romana da Idade Média). Depois, se sobrar, ajuda a um
ou outro necessitado (Geralmente, a igreja não tem caixa para ajudar o
necessitado e se pede no meio ou no fim do culto a colaboração aos cristãos
presentes). Não tem obra de Deus nisso.
E o povo vitima, ou melhor, os crentes fieis
parecem que estão sedados e nada percebem. Não conseguem enxergar a trama a que
estão envolvidos. E derramam dinheiro nas mãos dos “Pastores”, que mais parecem
os “cães gulosos” proferido em Isaias 56:10-11. Até porque, os membros das
igrejas são constantemente bombardeados com a exortação da prática profética de
Ml. 3:8-11. De forma, que este povo entrega o dinheiro do dízimo aos
ministérios sob três condições ali declinadas: CULPA, MEDO e/ou GANANCIA.
1º- Pela CULPA DE PECADO porque o texto diz: “roubará
o homem a Deus?”. 2ª - pelo MEDO DA MALDIÇÃO, diz o texto: “com maldição
sois amaldiçoados”. E 3º pela AMBIÇÃO NA BENÇÃO TAL descrita no texto “derramar
sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”.
Ora, Eu disse que o povo parece que está sedado.
Note que estes mesmos pastores dizem que Jesus cumpriu a Lei e que o “fim da
Lei é Cristo” e não se deve mais guardar a Lei. Conseguem fazer com que os
cristãos não cumpram nenhum artigo da Lei, exceto o do Dízimo. Pasmem, o MEDO,
a CULPA e a GANÂNCIA é tamanha, que os professos cristãos conseguem entender
que não se deve guardar o sábado, que é um artigo das tábuas da Lei, o quarto
mandamento do decálogo, escrito com o dedo de Deus, por ter Jesus cumprido a
Lei; más cumprem o dízimo (Eu não sei se é pra rir ou pra chorar). Ora, se é
pecado não dar dízimo (da Lei de Moises), muito mais pecado é não guardar o
sábado do Senhor (da Lei de Deus, repetida na Lei de Moises e nos Profetas).
Por tudo isso, Emanuel não pagaria, não devolveria, nem daria, nem quereria
ouvir falar dessa coisa que chamam de “dízimo do Senhor”.
Isto sem falar no grande escândalo que é. Os
pastores estão ricos e se enriquecendo. Estimulando ganância, incutindo medo,
infundindo culpa no cristão. De forma que o crente evangélico de hoje compete
com o mundo nas coisas do mundo, num verdadeiro espírito
materialismo-hedonista. Os crentes não preconizam mais a simplicidade e a
humildade. Não vão a Deus para adorá-lo pela sua beleza, más para buscar a
benção, a “vitória”. E por causa desta ciranda financeira do dízimo e das
ofertas, as lideranças se assenhorearam da Fé e se sentam no lugar de Deus, tal
qual o servo mal da parábola de Mt. 24:48-49. E enganando e sendo enganados,
vivem no espírito dos homens descritos em 2ª Tm. 3:2-7, caminhando a passos
largos para a perdição, e levando consigo o rebanho que deveria preparar e
entregar a Deus.
Estes são os novos fariseus, ou melhor, são piores
dos que os fariseus hipócritas, porque pelo menos os fariseus eram condutores
cegos; e os pastores de hoje estão vendo muito bem; não são só hipócritas, são
sínicos; condutores sínicos. E pegam o pecador e primeiro o achacam e depois o
tornam duas vezes mais filhos do inferno do que eram antes. O conselho de Deus
e para nos afastar deles. Porque este espírito impregna e que esta perto acaba
se transformando num deles. Por isso o “povo parece que está sedado” e muito
estão tentando entrar e ficar por cima nesta ciranda financeira das igrejas
evangélicas.
Finalizando, Emanuel não compartilharia nem
compactuaria desse espírito e não daria dízimo a Igreja.
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