sábado, 1 de fevereiro de 2014

3º Problema: Emanuel Pagaria (devolveria, ou daria) o Dízimo?



Como Mataríamos Jesus Novamente 
3º Problema: Emanuel Pagaria (devolveria, ou daria) o Dízimo?



Claro que não.

Em primeiro lugar o nosso personagem perguntaria o que é isso? Isto não é profissão de fé neo-testamentária, más obrigação entre Judeus, não? Cobrar dízimo, falar neste termo, já beira ao Crime de Estelionato descrito no Código Penal (enganar ou manter alguém em erro para dela tirar vantagem)? Pois bem, o dízimo não é neo-testamentário, não configura uma obrigação Cristã. Portanto, Emanuel não pagaria, devolveria ou daria dízimo porque todas estas são formas de embustes para lograr o povo de Deus. E Emanuel além de não ceder aos caprichos dos Ministérios, Pastores, Lideres, ou qualquer tipo de “cão guloso”, certamente combateria tal prática anti-evangelho da Graça e, quem sabe, até “criminosa”.

A prática do Dizimo, pelo que noticia a Bíblia, começou com o patriarca Abraão. Este entrou em guerra e venceu os quatro reis que além de ter roubado os bens de Ló, seu sobrinho, o sequestraram (Gn. 14:12). Resgatando Ló e os respectivos bens, retornou e foi recebido pelo sacerdote do Altíssimo Melquesedeque, do qual a Bíblia pouco ou quase nada elucida (Hb 7:1-4), a quem Abraão entregou o dízimo: “E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. E abençoou-o, e disse: Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra; e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo” (Gn. 14:19-20).

Posteriormente, o patriarca Jacó fez um voto com Deus se se abençoado fosse, daria dízimo, conforme Gn. 27:20-22, a seguir: “E Jacó fez um voto, dizendo: Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir;  E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus; E esta pedra que tenho posto por coluna será casa de Deus; e de tudo quanto me deres, certamente te darei o dízimo”.

Finalmente, o dízimo foi obrigatório na Lei dada por Deus a Moises no acampamento do Monte Sinai. Não a Lei do Monte Sinal escrita com o dedo de Deus, conhecida como decálogo; más no conjunto das Leis Sacrificais dadas ao Povo Hebreu.

Este mandamento entre os hebreus (povo Judeu) encontra-se pré-estabelecido no Livro de Levítico capitulo 26 como segue:

Também todas as dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores, são do SENHOR; santas são ao SENHOR. Porém, se alguém das suas dízimas resgatar alguma coisa, acrescentará a sua quinta parte sobre ela. No tocante a todas as dízimas do gado e do rebanho, tudo o que passar debaixo da vara, o dízimo será santo ao SENHOR. Não se investigará entre o bom e o mau, nem o trocará; mas, se de alguma maneira o trocar, tanto um como o outro será santo; não serão resgatados. Estes são os mandamentos que o SENHOR ordenou a Moisés, para os filhos de Israel, no monte Sinai” (Levitico 26:30-34).

A finalidade do dízimo santificado ao Senhor era a de suprir as necessidades dos filhos de Levi, pois não herdaram território, porém sim, o dever de ministrar na tenda da congregação. Destes filhos de Levi, chamados levitas, eram os que ministravam diante ao Senhor, e de onde se nomeavam os sacerdotes, que eram descendentes de Aarão. Conforme Levitico 18 e versículos abaixo:

Disse também o SENHOR a Arão: Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles, nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel. E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo ministério que executam, o ministério da tenda da congregação” (Levitico 18:20-21).

Observe que o dízimo era propriedade do Senhor, que deu aos filhos de Levi porque não tiveram herança na terra. Conforme Número 18:

Porque os dízimos dos filhos de Israel, que oferecerem ao SENHOR em oferta alçada, tenho dado por herança aos levitas; porquanto eu lhes disse: No meio dos filhos de Israel nenhuma herança terão” (Número 18:24).

Observe também que o dízimo era dado em alimentos e não em dinheiro. Quem dava o dízimo comia do dízimo. O Judeu que fosse fiel no dízimo era abençoado e prosperava conforme a promessa do Monte Gerizim, porque obedeceu a Lei neste item (Ml. 3:10). O dizimo se destinava ao sustento dos sacerdotes (Filhos de Aarão) e levita (Tribo de Levi), dos órfãos, das viúvas, estrangeiros e necessitados em geral. Veja Deuteronômio 26:

“Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem; e dirás perante o SENHOR teu Deus: Tirei da minha casa as coisas consagradas e as dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, conforme a todos os teus mandamentos que me tens ordenado; não transgredi os teus mandamentos, nem deles me esqueci;” (Deuteronômio 26:12-13).

Portanto, toda maldição sofrida por Israel ocorria em razão da sua desobediência Deus e não somente porque não pagava o dízimo.

"E será que, quando o SENHOR teu Deus te introduzir na terra, a que vais para possuí-la, então pronunciarás a bênção sobre o monte Gerizim, e a maldição sobre o monte Ebal." (Deuteronômio 11 : 29)

Veja que no capitulo 4 de Amos o povo era fiel no dízimo, más o coração estava longe do Senhor. Ou seja, o povo estava desobediente a Deus e sofria com as maldições do monte Ebal. Leia o trecho abaixo de Amós capitulo 4, más leia o capitulo na totalidade.

Vinde a Betel, e transgredi; a Gilgal, e multiplicai as transgressões; e cada manhã trazei os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos de três em três dias. E oferecei o sacrifício de louvores do que é levedado, e apregoai as ofertas voluntárias, publicai-as; porque disso gostais, ó filhos de Israel, disse o Senhor DEUS. Por isso também vos dei limpeza de dentes em todas as vossas cidades, e falta de pão em todos os vossos lugares; contudo não vos convertestes a mim, disse o SENHOR” (Amós 4:4-6).

Também, quando o povo faltava com o dízimo, ou este era mal aplicado, sofria das maldições do monte Ebal, porque era uma desobediência a Lei Mosaica como lemos em Malaquias 3.

“Porque eu, o Senhor, não mudo; por isso vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos. Desde os dias de vossos pais vos desviastes dos meus estatutos, e não os guardastes; tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos Exércitos; mas vós dizeis: Em que havemos de tornar? Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas. Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3:6-12).

Agora, o dízimo ministrado nas igrejas Evangélicas hodiernamente serve para que? Primeiramente sustento do Pastor, comprar e pagar as contas do carro 0 Km do pastor, pagar mais algumas dívidas extraordinárias feitas pelo pastor. Depois se destina a construção de prédios e obras infinitas do templo de pedra. Ultimamente, os Ministérios têm construído catedrais evangélicas de várias denominações (Repetindo e competindo com antigos erros da Igreja Apostólica Católica Romana da Idade Média). Depois, se sobrar, ajuda a um ou outro necessitado (Geralmente, a igreja não tem caixa para ajudar o necessitado e se pede no meio ou no fim do culto a colaboração aos cristãos presentes). Não tem obra de Deus nisso.

E o povo vitima, ou melhor, os crentes fieis parecem que estão sedados e nada percebem. Não conseguem enxergar a trama a que estão envolvidos. E derramam dinheiro nas mãos dos “Pastores”, que mais parecem os “cães gulosos” proferido em Isaias 56:10-11. Até porque, os membros das igrejas são constantemente bombardeados com a exortação da prática profética de Ml. 3:8-11. De forma, que este povo entrega o dinheiro do dízimo aos ministérios sob três condições ali declinadas: CULPA, MEDO e/ou GANANCIA.

1º- Pela CULPA DE PECADO porque o texto diz: “roubará o homem a Deus?”. 2ª - pelo MEDO DA MALDIÇÃO, diz o texto: “com maldição sois amaldiçoados”. E 3º pela AMBIÇÃO NA BENÇÃO TAL descrita no texto “derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes”.

Ora, Eu disse que o povo parece que está sedado. Note que estes mesmos pastores dizem que Jesus cumpriu a Lei e que o “fim da Lei é Cristo” e não se deve mais guardar a Lei. Conseguem fazer com que os cristãos não cumpram nenhum artigo da Lei, exceto o do Dízimo. Pasmem, o MEDO, a CULPA e a GANÂNCIA é tamanha, que os professos cristãos conseguem entender que não se deve guardar o sábado, que é um artigo das tábuas da Lei, o quarto mandamento do decálogo, escrito com o dedo de Deus, por ter Jesus cumprido a Lei; más cumprem o dízimo (Eu não sei se é pra rir ou pra chorar). Ora, se é pecado não dar dízimo (da Lei de Moises), muito mais pecado é não guardar o sábado do Senhor (da Lei de Deus, repetida na Lei de Moises e nos Profetas). Por tudo isso, Emanuel não pagaria, não devolveria, nem daria, nem quereria ouvir falar dessa coisa que chamam de “dízimo do Senhor”. 

Isto sem falar no grande escândalo que é. Os pastores estão ricos e se enriquecendo. Estimulando ganância, incutindo medo, infundindo culpa no cristão. De forma que o crente evangélico de hoje compete com o mundo nas coisas do mundo, num verdadeiro espírito materialismo-hedonista. Os crentes não preconizam mais a simplicidade e a humildade. Não vão a Deus para adorá-lo pela sua beleza, más para buscar a benção, a “vitória”. E por causa desta ciranda financeira do dízimo e das ofertas, as lideranças se assenhorearam da Fé e se sentam no lugar de Deus, tal qual o servo mal da parábola de Mt. 24:48-49. E enganando e sendo enganados, vivem no espírito dos homens descritos em 2ª Tm. 3:2-7, caminhando a passos largos para a perdição, e levando consigo o rebanho que deveria preparar e entregar a Deus.

Estes são os novos fariseus, ou melhor, são piores dos que os fariseus hipócritas, porque pelo menos os fariseus eram condutores cegos; e os pastores de hoje estão vendo muito bem; não são só hipócritas, são sínicos; condutores sínicos. E pegam o pecador e primeiro o achacam e depois o tornam duas vezes mais filhos do inferno do que eram antes. O conselho de Deus e para nos afastar deles. Porque este espírito impregna e que esta perto acaba se transformando num deles. Por isso o “povo parece que está sedado” e muito estão tentando entrar e ficar por cima nesta ciranda financeira das igrejas evangélicas.

Finalizando, Emanuel não compartilharia nem compactuaria desse espírito e não daria dízimo a Igreja.



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